terça-feira, 31 de maio de 2011

Pablo Neruda

Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Clarisse Lispector

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." C. Lispector.

Família II



Composição : Arnaldo Antunes / Toni Bellotto

Família! Família!
Papai, mamãe, titia
Família! Família!
Almoça junto todo dia
Nunca perde essa mania...
Mas quando a filha
Quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe
Não dão nem um tostão...
Família êh! Família ah!
Família! oh! êh! êh! êh!
Família êh! Família ah!
Família!...
Família! Família!
Vovô, vovó, sobrinha
Família! Família!
Janta junto todo dia
Nunca perde essa mania...
Mas quando o nenêm
Fica doente
Uô! Uô!
Procura uma farmácia de plantão
O choro do nenêm é estridente
Uô! Uô!
Assim não dá pra ver televisão...
Família êh! Família ah!
Família! oh! êh! êh! êh!
Família êh! Família ah!
Família! hiá! hiá! hiá!...
Família! Família!
Cachorro, gato, galinha
Família! Família!
Vive junto todo dia
Nunca perde essa mania...
A mãe morre de medo de barata
Uô! Uô!
O pai vive com medo de ladrão
Jogaram inseticida pela casa
Uô! Uô!
Botaram cadeado no portão...
Família êh! Família ah!
Família!
Família êh! Familia ah!
Família! oh! êh! êh! êh!
Família êh! Família ah!
Família! hiá! hiá! hiá!...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ser "mãe"

Só pra não me julgarem um "monster"
  Vc descobre ser mãe quando...

- Olha para sua colega do lado que espirra e larga: “fulana, põe um casaquinho, vai ficar gripada”
- Se dá conta que todos os sapatos do seu roupeiro são baixos
- Pára na rua pessoas com cachorros (louca) só para mostrar o au-au de verdade para o seu filho
- Usa pasta de dente infantil porque a sua acabou
- Não vai ao cinema há seis meses
- Não tem a mínima ideia de como é a nova casa noturna que abriu na João Alfredo
- Vai no cabeleireiro e pede o modelo mais prático possível
- Todas suas roupas tem alguma manchinha de vômito, leite ou legumes
- Sua casa não tem nada na despensa, mas os estoques de fralda e leite Ninho estão ok até amanhã
- Você vai ao shopping comprar roupas para você (finalmente) mas não resiste e gasta tudo com o pecurrucho
- Faz de tudo para sair à noite, mas quando sai, liga o tempo todo para saber se ele está bem
- Reclama que ele não dorme, mas quando ele dorme morre de saudade
- Volta a ser criança e vicia em ir nessas grandiosas lojas de brinquedos
- Nem dá bola mais para dor nas costas
- Suas amigas passam a ser todas mães.  As mães dos coleguinhas de escola do seu filho
- Aprende rapidinho a falar num novo idioma, diferenciando “AU-AU” de “AUÔ” (o segundo quer dizer “Alô”).
- Aprende que não ter tempo é o que há de mais relativo no mundo desde Einstein
- Quase morre se vê uma criança na sinaleira pedindo
- Aprende a ser atriz quando seu filho se machuca, mostrando para ele que está tudo bem _ mesmo que você não esteja nada bem com isso
- Quer que seu filho conheça os brinquedos de antigamente, como peteca, mas ele nem dá bola. Só quer saber de eletrônicos, principalmente os celulares da família
- Quando chega em casa à noitinha, depois do trabalho, se gruda tanto no piá que “esquece” de fazer coisas que um ser humano normal não deveria  deixar de lado, como comer, tomar banho, trocar de roupa
- Começa a redescobrir o mundo. Vibra junto com ele em todas as suas descobertas como se fosse a sua primeira vez.
- Se sente um equilibrista, daqueles com mil malabares ao mesmo tempo.
- Se sente vigiada no restaurante quando tenta acalmar a fera em crise. E só não mostra a língua para a vida alheia porque (ainda) é educada.
- Já consegue trocar fraldas no escuro, de madrugada e dormindo. Ao mesmo tempo.
- Conhece tanto as marcas de produtos infantis que já começa a dar opinião no supermercado sem ninguém ter te perguntado. (e adoraria que um dia alguma dessas empresas ligasse para você e lhe oferecesse um brinde, um desconto ou um emprego, afinal você contribui tanto com a saúde financeira delas…)
- O supermercado, aliás, passa a ser um local de passeio superinteressante.
- Suas refeições noturnas passam a ser restos de danoninho e bolacha passatempo.
- Descobre que é ambidestro.
- Descobre que todos os bichos do planeta são au-aus. Até insetos. E todas as bebidas são água.
- Aprende a ficar calma durante uma crise de fúria, mesmo que você esteja meio-quase-que-surtando. Seria você uma zen budista?
- Descobre que não é mais dona da sua vida. Ela pertence a um mini-ser-humano que só existe porque você quis. Então, como pode ser ele o dono da sua vida?
- Descobre que não existem respostas para algumas perguntas.
- Descobre que é capaz de se comunicar perfeitamente com os olhos.
- Começa a receber muitos, muitos convites para festas. Infantis.
- Encara todos os dias um chorinho na hora de deixar a cria na creche. Que some depois de 15 minutos. Ou seja, é só para ele te mostrar o quanto te ama.
- Você descobre que uma criança de um ano pode ter uma agenda mais cheia que a sua, com mil atividades, tarefas e compromissos a cumprir. E muitas amizades.
- Sua máquina de lavar funciona quase todos os dias.
- Acha que qualquer briga pode traumatizar seu pequeno. E, não tendo jeito, já começa a economizar na terapia que ele deverá precisar um dia.
- É craque em dar remédio e tirar meleca do nariz sem que ele perceba.
- Poderia protagonizar vários shows infantis de tanto que inventa coreografias, canta músicas e faz dancinhas. Mas as brincadeiras são só suas e dele, porque só ele acha o máximo.
- Carrega uma barriguinha de lembrança da gravidez. E não tá nem aí…

(Autor desconhecido)

Um dia....um dia!!

Às vezes...


“Ás vezes ser fraca vem com uma força...”
E muitas outras vezes também.
É engraçado como determinadas situações afloram determinados valores.
Nunca fui uma pessoa tradicional, em absolutamente nada.
Nunca fui apegada à mamãe e sim ao papai, que, digamos, não é la o melhor exemplo a ser seguido, mas é uma pessoa excepcional. Assim como a mamãe, apenas não temos ou tínhamos as mesmas afinidades. E tradicionalmente filha mulher é sempre “a filhinha da mamãe”, bom eu não... até agora rs
Nunca fui ligada a tradições do tipo casamento, maternidade, diplomas, almoço de família, e tantos outros...
Mas em momentos de catarse é possível, ainda que remotamente, que algo aflore, além da raiva, descontentamento, infelicidade...
Em meu grande “momento” descobri valores de conhecimento teórico que sequer imaginava que um dia teria.
Até então nunca quis ou desejei remotamente me casar, procriar, ter casa no campo e etc etc etc...E tudo com explicação absolutamente racional.
Pessoas que se amam não casam! Casamento acaba com qualquer bom sentimento.
Nada de pôr mais alguém nesse mundo mega perdido, até pq eu ainda deixo roupa manchar com água sanitária, não dá pra criar e educar alguém...
De qualquer forma sou o estilo mochila nas costas com destino EUROPA.
Mas depois de grávida, sem marido e sem pai para o bebê parece que a coisa toda virou um “tsunami na Ásia”...
Ok! Século 21 isso é caretice. Eu sei, eu sei...o que eu não sabia é que eu era careta e que jamais saberia lidar com isso...
Valores...simples valores que hoje em dia estão mais perdidos que a boa educação derrepente são o norte que eu tenho, numa caminhada sem bússola. rs
E ainda que possa contar com o apoio de tantos (mãe, irmãos, pai, tios...) me assusta o fato de que pra eles “tudo bem”....COMO ASSIM??
Não sou casada, o mais perto disso foi um noivado, sem graça, há muito tempo atrás sem possibilidades de alcançar o altar...Penso que o “certo” ou o “esperado” comportamento de todos deveria ser a critica ou a repreensão, não que isso vá fazer alguma diferença, pq não vai, o bebê não vai ganhar um pai por causa disso, nem sumir, muito menos eu vou me tornar uma mega mãe por uma critica a mais ou a menos, não sou uma mártire procurando o publico ou querendo ser crivada de maus tratos psicológicos, tampouco quero o Oscar de melhor drama...apenas é difícil e não está certo. Não pra mim. Não para a criança.
Não é certo pra ninguém crescer sem pai, sem conhecer as origens, sem esse tipo de apoio...É simplesmente inconcebível...não bastasse a fortuna que é criar um filho, a terapia dessa criança vai me custar os rins.
E mesmo assim as pessoas teimam em chamar de “benção” divina. Melhor coisa da vida. Algo transformador...
Pode até ser, em um lugar estruturado e harmonioso. Não comigo, não desse jeito, não nessa vida...
Não sou uma "persona non grata". Não mesmo. Sou imensamente grata e surpreendida diariamente pelo apoio que recebo, como já disse antes.  
Acontece que a situação é tão absurdamente surreal que a melhor definição ainda fica por conta do "tsunami"...."Taí"...se for menino pode se chamar Tsunami. rs (pq até desgraça mereçe um pouco de humor...rs)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Comme la mère, tel fils. (Tal mãe, tal filho(a).)

Ok! Eu não sei pedir ou o Universo não sabe enviar. Por via das dúvidas nada de pedidos.
Mas uma torcida vale...eu acho! rs

E nesse caso a torcida é para que o(a) bebê venha muito parecido com a mamãe. (Em alguns aspectos, somente alguns, peloamordasanta...)
Só para viabilizar a vida de mãe de primeira viajem, podíamos já deixar previamente combinado coisinhas que iriam facilitar nossa vida juntos. Já que é pra sempre. Quemeda!
Nada de carnes, seria uma maravilha. Presentaço para a mamãe. rs
Nada de bichos, principalmente cachorros. Um peixe. Talvez. Quando vc estiver com 18 anos e cuidar dele sozinho(a)...rs
Nada de birra em público, não que seja só feio, pq não é só isso, é constrangedor e mostra o quanto a mamãe não está no controle da situação e isso é extremamente vergonhoso. Lembre-se que pode desencadear em castigo e um lado escuro da mamãe, que é melhor permanecer quietinho, pode aflorar...rs :)
Nada de namorinhos e saídas tarde da noite. Sou a mamãe, isso me dá o direito de ser má. E nesse caso não tem pq, é não e pronto. (Se vai se parecer um pouco com a mamãe, isso será necessário...rs)
Por favor, porfavorzinho, seja inteligente. Não precisa ser gênio, usar todos os neurônios da cabeçinha nem entrar para faculdade aos 15 anos (se rolar, maravilha...rs) mas NUNCA fale menas ou mim ou coisas do gênero que certamente irá ouvir...rs
E o mais importante de tudo...nada de SENHORA. A complexidade da maternidade já basta. O peso da idade acompanhado desse tratamento pode ser fatal. rs
Acho que é só isso. Se vier bemmm parecido(a) com a mamãe, vai fácil, bem fácil....ou não...kkkkk

terça-feira, 17 de maio de 2011

Família

Outra mudança "made in gestação" foi voltar a morar com minha família temporariamente.

Enquanto uma reforma eterna está em andamento estou novamente na casa da mamãe. Não seria estranho se não morasse fora a tanto tempo e não estivesse grávida, se a casa fosse gigante e etc, etc...rs

Mas o mais estranho é o tamanho do apoio e do carinho para comigo e com o bebê...rs
Ouvi em um programa da MTV que é nos momentos graves e críticos que conhecemos as pessoas que nos cercam. São os momentos cruciais que nos apresentam os verdadeiros amigos, revelando suas intenções e seu caráter. Só nesses momentos saberemos com quem realmente estamos lidando.
Não é que saiu algo bom da MTV?!...rs

E para minha felicidade e do baby nossa família é linda. Cheia de beleza, boa intenção, caráter, carinho e amor. Por nós dois!!

Merci.


Comidinhas...

Vida de grávida não tem nada de "magnifico"...rs...
Tem de grande, de gigante...magnifico nadica.
Sabe a máxima: "Na gestação tudo se transforma, vc verá..."
E estou vendo, MESMO.

Apenas 14 semanas de gestação (ainda faltam 3987 mil semanas) e a vida da "mamãe" está de cabeça para baixo, do avesso. Uma reforma que nunca acaba, o verbo comprar³ que não saí um minuto da cabeça, comida e mais comida, dores até no cabelo, dieta pro espaço...o TUDO se transforma não tinha tantaaaa amplitude assim na minha singela imaginação.


Ah! e claro tem que respirar fundo, pq o bebê precisa de um ambiente calmo....kkkkk

Mas voltando ao foco e deixando o desespero de lado (no colo pq ele nunca fica longe mto tempo) o lance da comida está foda!!

Como já declarado, sou uma pessoa difícil e logo para comer não seria diferente...rs
Não como e não gosto de muitas coisas. Carne por exemplo, sem a menor chance! Feijão eu nunca gostei e pela minha mãe comeria até no café da manhã...
Isso o "momento mágico" da gestação ainda não mudou. Mas mudou algumas outras coisas que sinceramente não gostei muito...rs

Não vou listar tudo que não gosto de comer senão ia ficar aqui até o bebê nascer, mas dentre as coisas que a gestação mudou e eu não gostei nadinha³³ estão batata frita e pizza...Não se assuste, eu adorava. E muito. Agora não mais. Snif snif snif...rs
Em contra partida nunca gostei de coco. Em nada: doce, bolos, comida...nunca gostei daquele troço enroscando no dente...Mas parece que o bebê AMA de paixão. No exacto momento estou comendo cocada, um bolo de coco com leite condensado, super estranho!! É mais estranho ainda pq está gostosoo.
No último fim de semana a saga dos doces ficou por conta de uma panela cheia de leite condensado com coco...Juro que queria um explicação melhor, mas não tem, simplesmente é gostoso.
A outra proeza da gestação é o açai. A modinha dos jovens. Deve ser meio psicológico, beirando os 30 anos, grávida e ainda solteira, aderir uma moda jovem seria reconfortante. O ego agradece.
Giria é feio, droga não posso (tá, tbm sou contra...rs), aí sobrou o açai. A coisa seria normal, se eu já gostasse desse troço. Mas eu nunca gostei, nem do cheiro. E agora parece a coisa mais gostosa do universo.

Eu queria muito uma explicação, mas até o médico me responde: "É normal, coisas da gestação...".......


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Power

Não pode ser muito querer mudar apenas 11 (ONZE) minutos de uma vida inteira. Pode?!

quinta-feira, 5 de maio de 2011