segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Antes que eu me esqueça, minhas 30 tudo...

E antes que eu esqueça onde estou, onde estou com a cabeça...
A quantidade de experiência, seja ela boa ou não, e conquistas que acumulamos ao longo dos dias, meses e até mesmo anos é imensa. Fato.
Mas na velocidade que vamos caminhando essas pequenas felicidades passam desapercebidas.
Daí (Leia com a voz da Bozena...) que penso em transformar num hábito escrever a respeito dessas pequenas coisinhas que rendem a vida mais linda, daí!
Vamos logo começar com as coisas que consigo me lembrar a respeito de 2017.
Sim, porque uma retrospectiva sempre é bem vinda...
  1. Realizamos uns sonhos. Nós começamos nosso 2017 conhecendo lugares. Paraty - RJ, Livraria Cultura - SP, Consulado da França - SP, onde, aliás, obtivemos nosso visto de residente. E nosso ano começou arrasando.
  2. Viajamos sozinhos Murilo e eu. Durante 14 horas e 3 conexões fomos só ele e eu. Nem preciso dizer que ele arrasou, né?!
  3. Fizemos ovos de Páscoa. Juntos, amigas, irmãos, mãe, Glay, Murilo, Daniel, gato, cachorro e papagaio mais de 1.250 ovos de páscoa. Você não leu errado. Eu não errei a conta. Foram 1.250. Ovos. De. Páscoa. Sem brincadeira, achei que as crianças teriam overdose de chocolate.
  4. Cozinhei. Mas tipo, muito. Mesmo. Pra todos. Em toda festa. Em todas as refeições que pude, lá estava eu, no fogão. Fiz bolos, pra vender. Eu. Parece que não, mas esse simples ato agiu como um seísmo na minha humilde existência.
  5. Emagreci 50 quilos ao longo de 2016. Mas em 2017 eu os mantive longe do corpitcho. O que, vou te contar, não foi tarefa fácil.
  6. Participei de um clube de livro. O Pique-nique Literário, lá no Brasil. Conheci gente maravilinda. E espero reve-los em breve.
  7. Criei um clube pra chamar de meu. Não contente por ter que abandonar o Pique-nique literário, montamos nosso clube do livro aqui na Provença. O Clube Bouquiner conta com 15 membros atualmente. Puro orgulho define. Olha lá @clubebouquiner.
  8. Aprendi a crochetar. Não como uma verdadeira crocheteira, ok. Mas aprendi a seguir as ordens da minha mãe, a guru do croche na família. E ainda que muito limitadamente, fiz algumas peças. Exclusividade? Temos!
  9. Consegui um CC, não sem dificuldades, confesso, praticar um consumo mais consciente. Passei 3 meses comprando apenas comida e descobri o quanto a industria de consumo nos influência negativamente. No bolso e na consciência também.
  10. Aprendi a fazer coxinha. Para um expatriado, isso vale ouro. Vai por mim! Foram umas 500 horas de vídeos e mais umas 700 de leitura a respeito de segredos e astucias, mas valeu a pena. Palavras de quem comeu.
  11. Fiz curso de brigadeiro gourmet e manipulação de chocolate. Isso vale pra vida. Vamos fazer um combinado? Paremos de chamar achocolatado e leite condensado de brigadeiro. Peloamordobrigadeiro.
  12. Recebemos o Brother nas férias. Receber a família quando moramos fora é se apaixonar pelo lar de novo, e de novo e a cada visita assistir um novo amorzinho surgir. Porque apresentar o lugar que escolhemos chamar de lar no mundo é fazer com que o outro possa entender o motivo dessa escolha. Isso exige paixão e encantamento. Por isso adoro receber a família, isso renova meus votos com meu novo lar.
  13. Fui por aí, brincar de guia. Juntos, Brother and me, fomos nos badalar em Amsterdan e em Paris. Já deu pra notar que adoro brincar?
  14. Li 25 livros ao longo do ano (ainda estou falando de 2017, caso você tenha tido a paciência de chegar até aqui...). Foi pouco. Na minha cabeça tinha sido infinitamente maior esse número. Mas vale como uma conquista, porque dos 25, 20 foram em francês. 
  15. Yes, I do. Descobri que falo inglês. Não é genial?
  16. Assumi os brancos. Assumi os cabelos brancos tão cheios de controversas. Não sei se pra sempre nem quanto tempo vai durar essa assumida. Mas entre idas e vindas, eles sempre aparecem e do alto dos meus 32 anos aprendi que tá tudo bem me parecer com a Cruela.
  17. Conheci Eze. Um vilarejo perto de Nice, que foi morada para Friedrich Nietzsche. Diz a lenda que ele começou a escrever <Assim falou Zarathoustra> por essas bandas. 
  18. Criei @eascriança. Não estou nem perto de ser considerada uma digital influencer, e ainda não sei muito bem onde vamos parar. Mas o importante é caminhar, não?
  19. Aguentei 11 meses. Sem. Cortar.Meu. Cabelo. Isso, na minha vida adulta é um recorde. 
  20. Trabalhei nas colheitas de uva. E eu deveria escrever um post imenso sobre isso. Mas pra resumir, eu consegui.
  21. Dois currículos, dois empregos. Em 2017 eu entreguei dois CV, depois de 4 anos. E eu consegui dois trabalhos. Sim, a vida é quase rosa.
  22. Menos é mais. Quando se trata de consumo, eu tô realmente me sentindo muito adulta utilizando essa máxima sempre que possível.
  23. Fiz crepe para os meus avós. Toda oportunidade que tive, enquanto estive no Brasil, estive com os meus veinhos. E pra te falar, olhando agora, parece que foi é pouco.
  24. Reencontrei pessoas. Amigas lindas, que tornaram minha passagem pelo Brasil menos penosa. E de quebra me ajudaram nos ovos, lindas! Não se esqueçam que esse ano faremos de novo ;)
  25. Chá da Milena. Mesmo tendo perdido o nascimento da segunda sobrinha, não perdi o chá de fralda. Consegui até fazer a animação. Vamos combinar o nascimento do terceiro sobrinho(a) ok família?
  26. Fiz a segunda tatuagem. Claro que doeu, mas ela é linda, brother me acompanhou e ela representa meu corpo renascido. Então valeu a pena.
  27. Conheci Cassis. Um lugar lindo. Talvez o mais charmoso que já visitei pela região.
  28. Avignon é maravilhosa. Infelizmente passei só um dia. Mas conto voltar pra participar do festival de teatro.
  29. Fotos lindas. Descobri que sou capaz de fazer lidas. Ainda não seja nenhuma foto premiada, um pouco de luz e um bom anglo e voilà.
  30. Fizemos a festa de aniversário da cria. Homemade. Com mais de 10 crianças dentro do nosso apartamento. E ninguém morreu. Fora nós, adultos, que estávamos mortos de cansaço depois de 2 horas de festa.
  31. Fomos num festival americano. Uma mistura de motoqueiros, roqueiros, tatuadores, cachorro quente e cerveja, couro e maça de amor e foi demais. Quase rolou uma terceira tatto. Quase...
  32. Always Friends. Entra ano, sai ano. Começa série, acaba série, mas o meu negócio é Friends mesmo.  Ao menos uma vez por ano, a temporada completa.
  33. Comi a melhor torta de maça de Amsterdam. E de quebra ainda aprendi a receita. E pude comer repetidas vezes. Quer testar? Corre lá no blog entre panelas que a Carla divide o segredo com você também.
  34. Fiz Yoga. Se você não entendeu o motivo d'eu listar isso aqui, te explico. Quando se pesa 120 quilos, yoga é algo impensável na rotina. Na minha era. E foi uma conquista pessoal muito positiva fazer aulas de yoga. Escutar da professora que eu sou "souple" foi o plus que me deu borboletas no estômago. 
  35. Vendemos Brinquedos. Participamos da feira de brinquedos daqui da nossa cidade. Conseguimos integrar Murilo na bagunça, e a veia de vendedor pulsou a fundo. Ve-lo fazer propaganda de seus brinquedos e falando do bom estado e do quanto eles eram divertido garantiu um dia e tanto na minha memória.
  36. Fizemos economia. Sem muito refletir. Apenas com um cofrinho e moedas, durante um ano, conseguimos guardar mais de 400€. Atividade da qual a cria também participou e parece estar entendo muito bem o lance de economia doméstica.
  37. Priorizamos momentos. Estamos mudando tradições e isso não nada fácil. Mas sinto que estamos na boa direção. Aniversários, natal, dia das mães e etc são datas para estarmos juntos. Presentes ficam pra outras ocasiões. Nada fácil, mas muito mais interessante.
  38. Bonito é uma questão de opinião. Perdi muito tempo não registrando momentos por motivos de achismo besta. Achava que não tinha técnica, conhecimento ou as informações necessárias para fazer boas capturas de momentos, vulgo fotos. ;) Mas quando o momento é especial "on s'en fout" da técnica. 




terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Existe?


Já deu pra perceber que eu possuo muito mais questões que respostas? Não?
Bom, então se você ainda está por aqui talvez possa me ajudar nessa busca...

Existe polêmica do bem?
Existe essa coisa de um mal para o bem maior? E qual é esse bem maior? 
Quem ganha? Quem perde?
Mas o mais importante, quem ganha o que?

Tenho uma enorme dificuldade de compreender essa tal de rede social...
Não é pra socializar?
Ou num universo paralelo, que nem tá tão paralelo nesse momento, socializar é um pseudônimo pra polemizar?

Eu fico me perguntando sem cessar, como é que é desgostar de algo e/ou alguém quem não se conhece. 
Porque até meu melhor amigo tem imensos defeitos e mesmo assim eu o adoro. Paradoxo? Temos!

Mas aí que no meio da discussão surgiram trocas tão interessantes que talvez seja esse o trem. 
Encontrar algo bom onde não havia nada. E aí camarada, isso sim, vale a pena.

O descontentamento, o ódio, a inveja, o ciúmes, a vingança tudo isso é primitivo. 
São considerados sentimentos de sobrevivência. Apesar da visão de vida confortável contemporânea, a Natureza dá uma existência razoavelmente dolorosa ao homem. A vida é feita mais de trabalho e sofrimento do que prazer e desfastio. 

A grande sacada evolutiva fica por conta "do como" você gera tudo isso. 

Quais reflexões podem surgir de momentos de ódio ou qualquer sentimento desmedido e desnecessário?

Você pesa suas ações, pensamento e palavras diante do todo? Qual o bem ou mal suas ações tem declanchado no universo?

Você justifica o mal que causa de que? Qual mascara te sustenta?
Qual o parâmetro ou crença estão por trás de suas palavras?

Precisamos praticar mais empatia, leitura (ok, eu sei que isso não é sentimento, mas conhecimento é essencial) amor ao próximo, admiração, maturidade... Até que isso também se torne sentimento primitivo, necessário a existência, que tal?

Não responde muita coisa, mas ajuda que só!