sexta-feira, 1 de julho de 2011

E diziam...

-Não entendo esse tipo de sentimento, não mesmo!
-Sentimento não é para ser compreendido nem "batizado" com qualquer nome bonito da literatura romântica...é só pra sentir.
-Mas é muito sentimento em uma pessoa só, só ela quer sentir?
- (risos) Sentimento não se mede. E eu acho lindo o que ela sente.
-Lindo como? Sentimento de mão única é sempre tragédia.
-Deixa disso, é lindo sim. Veja bem...é quase autruísta...
-Quê? Como assim?
-Não tem começo nem fim, nem razão, não é música nem poema, mas todos se encaixam tão bem que parecem falar dela e do que ela sente, é sem cobrança, sem críticas, sem esperança e mesmo assim, ali está, sempre presente. É terno e carnal, suave e intenso, é equilibrado, tem até cheiro e gosto, se materializa por momentos que jamais serão esquecidos, passe o tempo que for. Acaricia a pele e acalma a alma. Não espera, não procura, não busca, não prende, apenas acompanha e torce! Deve ser difícil pra ela lidar com tanto sentimento conflitante e no entanto ela leva com uma naturalidade de espantar...quase banal. Só os olhos dela a entregam e a forma como as mãos se perdem quando pensa profundamente no assunto. Tenho admiração por ela e pela forma que ela conduz o que sente, uma miscelânia de sentimentos que se casam tão harmoniosamente que às vezes nem parece ser, como vc disse mesmo? "de mão única"... É só isso, bonito, forte e intenso. Não precisa de nome, nem de um outro lado pra completar. O que ela sente é tão tão que se completa por si só e a ela também. E ela sabe disso. Ainda que não goste, ela sabe. rs
-Hum....é, deve ser...mas ainda não entendo.
-Vc está aqui para racionalizar...é natural não entender.
-E vc? Está aqui por qual razão mesmo?
-Eu? Eu já estou aqui pra sentir! E sinto intensamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário