quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

E o cérebro?

Eu me pergunto cadê, minha gente, o cérebro?
Dia após dia fico cada vez mais chocada com a ausência de raciocínio alheio.
A famosa "preguiça de pensar" que tanto ouvia no colégio a respeito de um ou outro aulo parece que se tornou um "estilo de vida" muito aproveitado.
Disse Agostinho Silva: 

"O homem tem preguiça, em geral, de pensar todo o pensável e contenta-se com fragmentos de ideias, recusa-se a uma coerência absoluta. Não leva até ao fim o esforço de entender. E, exactamente porque não o faz, toma, em relação à sua capacidade de inteligência, uma absurda posição de orgulho. Compara o pouco que entendeu com o menos que outros entenderam, jamais com o muito que os mais raros puderam perceber."

E é bem por aí.
Como pessoa, mas principalmente como mãe, quando me deparo com coisas como essa eu fico muito, mas muito chocada.
É um tanto desesperador o despreparo dos jovens de hoje (sim, estou velha...rs) numa sociedade com tanto acesso a informação.
Comentávamos no escritório outro dia o quanto era complicado entregar um bom trabalho aos professores, sendo necessário ir à várias bibliotecas e perguntar e ler e pesquisar e fazer rascunhos até chegar no trabalho final.
Hoje isso parece piada.
Também foi no escritório que escutei, não sem dar uma leve enlouquecida internamente, que a inquisição (aquela mesma que vc está pensando - Santa Inquisição) foi mero erro dos historiadores. De fato, segundo o colega, ela nunca existiu. E ainda segundo o colega era só ler, porque a verdade está aí, disponível para qualquer um.
...
Juro, dicomforça, que nesses momentos eu me pergunto: Tem outro lugar pra criar meu filho não, Deus?!
É incrível como a falta de informação é inversamente proporcional ao acesso que se tem a ela.
Me assusta saber que não importa a forma ou os métodos que escolhi pra criar meu bebê, jamais irei conseguir protege-lo de pessoas assim ou da própria ignorância.
Eu fico na torcida pra que meu filho seja o cérebro. 
Não o malvado, diabólico...mas sim aquele que pensa. Não o "Pink"que seque sem questionamentos.

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