sexta-feira, 27 de maio de 2011

Às vezes...


“Ás vezes ser fraca vem com uma força...”
E muitas outras vezes também.
É engraçado como determinadas situações afloram determinados valores.
Nunca fui uma pessoa tradicional, em absolutamente nada.
Nunca fui apegada à mamãe e sim ao papai, que, digamos, não é la o melhor exemplo a ser seguido, mas é uma pessoa excepcional. Assim como a mamãe, apenas não temos ou tínhamos as mesmas afinidades. E tradicionalmente filha mulher é sempre “a filhinha da mamãe”, bom eu não... até agora rs
Nunca fui ligada a tradições do tipo casamento, maternidade, diplomas, almoço de família, e tantos outros...
Mas em momentos de catarse é possível, ainda que remotamente, que algo aflore, além da raiva, descontentamento, infelicidade...
Em meu grande “momento” descobri valores de conhecimento teórico que sequer imaginava que um dia teria.
Até então nunca quis ou desejei remotamente me casar, procriar, ter casa no campo e etc etc etc...E tudo com explicação absolutamente racional.
Pessoas que se amam não casam! Casamento acaba com qualquer bom sentimento.
Nada de pôr mais alguém nesse mundo mega perdido, até pq eu ainda deixo roupa manchar com água sanitária, não dá pra criar e educar alguém...
De qualquer forma sou o estilo mochila nas costas com destino EUROPA.
Mas depois de grávida, sem marido e sem pai para o bebê parece que a coisa toda virou um “tsunami na Ásia”...
Ok! Século 21 isso é caretice. Eu sei, eu sei...o que eu não sabia é que eu era careta e que jamais saberia lidar com isso...
Valores...simples valores que hoje em dia estão mais perdidos que a boa educação derrepente são o norte que eu tenho, numa caminhada sem bússola. rs
E ainda que possa contar com o apoio de tantos (mãe, irmãos, pai, tios...) me assusta o fato de que pra eles “tudo bem”....COMO ASSIM??
Não sou casada, o mais perto disso foi um noivado, sem graça, há muito tempo atrás sem possibilidades de alcançar o altar...Penso que o “certo” ou o “esperado” comportamento de todos deveria ser a critica ou a repreensão, não que isso vá fazer alguma diferença, pq não vai, o bebê não vai ganhar um pai por causa disso, nem sumir, muito menos eu vou me tornar uma mega mãe por uma critica a mais ou a menos, não sou uma mártire procurando o publico ou querendo ser crivada de maus tratos psicológicos, tampouco quero o Oscar de melhor drama...apenas é difícil e não está certo. Não pra mim. Não para a criança.
Não é certo pra ninguém crescer sem pai, sem conhecer as origens, sem esse tipo de apoio...É simplesmente inconcebível...não bastasse a fortuna que é criar um filho, a terapia dessa criança vai me custar os rins.
E mesmo assim as pessoas teimam em chamar de “benção” divina. Melhor coisa da vida. Algo transformador...
Pode até ser, em um lugar estruturado e harmonioso. Não comigo, não desse jeito, não nessa vida...
Não sou uma "persona non grata". Não mesmo. Sou imensamente grata e surpreendida diariamente pelo apoio que recebo, como já disse antes.  
Acontece que a situação é tão absurdamente surreal que a melhor definição ainda fica por conta do "tsunami"...."Taí"...se for menino pode se chamar Tsunami. rs (pq até desgraça mereçe um pouco de humor...rs)

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