quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Moderninho

Disse Rui Barbosa: "A família é a célula mater da sociedade."
Só que não. Não mais.
A velocidade da mutação em nossas vidas hoje ultrapassa a da Luz. rs
Está se tornando uma tarefa complexa acompanhar as mudanças sociais e longe de mim esgotar o assunto ou ainda ter a pretensão de apontar o "certo" ou "errado" ou ainda o "pior" ou "melhor" modelo. Como reles mortal apenas me faço uns questionamentos. Malucos.
Cá pra nós, essa tal modernidade trouxe um pouco de caos para os nossos dias. É um sem fim de novos termos que pra decorar e entender só com "cola". A de papel, que fique claro. rs
Eu queria saber, só por curiosidade mesmo, onde foi parar essa família aí, oh?!
Cadê o retrato de família, o sobrenome, o brasão, o Varão ou ainda aquele almoço de domingo (que só acontece uma vez por ano, e olhe lá), cadê os primos, os amigos secretos, o arroz doce de sábado a tarde na varanda vovó?!
A legenda da família atual está em alemão. Sim, porque nos dias de hoje é preciso legenda pra entender os modelos de família que estão surgindo e eu estou bem, mas é bem perdida, já que estou no meio da muvuca.
É claro que existem situações inerentes ao tempo e que mudanças são, ou deveriam ser, naturalmente boas. Evolução. É pra frente que se anda.
Mas o modelo atual não se parece nada com o clássico. E eu não estou falando só dos papéis de papai, mamãe, baby, gato, cachorro, papagaio etc. Estou falando do contato, da convivência, da qualidade do tempo juntos mesmo.
Acredito mesmo que o grande volume de termo inventado para designar o novo molde de família só não mencionou o suprassumo da coisa que é estar junto. União.
Não importa se a família tem seu Varão, aqui em casa só tem Varoa. rs
As pessoas estão ocupadas com os títulos e os nomenclaturas e moldes e formatos, passa-se muito tempo em consultórios psiquiátricos e pouquíssimo tempo em rodas de bate papo com entes queridos.
Se homo afetiva, matriarcal, patriarcal, monoparental...pessoas isso pouco importa.
É a cola que une todos nessa bagunça que deve ser de fato conservada.
E o nome dessa cola é amor e por principio qualquer ser humano tem esse dom.

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